sexta-feira, setembro 28, 2007

O que somos nós?

Hoje estou profundamente existencial. Quase nietzscheniana...
Afinal, o que somos nós ?
Seres humanos completamente obscuros do próprio conhecimento...
Venha o herói me dizer que se conhece e sabe comportar-se em qualquer situação!
Esse não existe!
Não existe essa criatura que não esteja em busca de um egocentrismo laico, indiscriminado e objetal em relação ao próximo ser humano, o do lado. Aquele mais propício.
Culpa, propósito, ?
Não sei.
O ser humano é tão inconstante, indescritivelmente absurdo e incoerente ...
Peco. Peco por excesso, por gostar do errado, por estar no errado. O certo dentro do errado...
"palavras, calas, nada fiz ..."
E assim caminha a humanidade com seus passos de tartaruga e sem vontade.
Vamos seguir com as diferenças.
Hoje estou demasiada humana...

quarta-feira, setembro 26, 2007

Amigos

Sem eles não existo.
Persito em tê-los pois sem sabê-lo
são, muitas vezes, meus espelhos.

O querer bem e a sinceridade
me faz ver que a humanidade ainda tem salvação
ainda existe ser humano nas pessoas de bom coração

Pena que nem sempre podemos agradar a gregos e troianos
E assim amamos e machucamos tanto corações amenos
sedentos de amor, carinho e amizade
Sem mais nem menos.

Não quero Eu viver sem amigos.
Quero tê-los até o fim dos meus dias vividos.

terça-feira, setembro 25, 2007

Estou na busca ...
Às vezes penso que estou à beira do abismo.
Abismo de mim mesma.
Caminho, caminho e de repente... o esmo.
Estou Eu no caminho errado ?
Sinto-me irresponsável por não me conduzir "corretamente".

Tempo, tempo, tempo,
Entro num acordo contigo,
Me faz ser o infinito ...

sábado, setembro 22, 2007

In the now

No agora estou quase zen...
Sentada aqui na minha segurança, amém !

Como lidar com o que está fora do meu Eu?

Deus meu !
Deus?

Não. Eu !

Pare de buscar no Tu o que está contigo, intrínseco.

Procura lá dentro as coisas que vem do teu umbigo.

Ninguém tem nada com isso.

O Tu nada mais é do que o istmo
do Eu com o Isso.

Viva o aqui e agora

A inteligência e a hora
de se entregar ao momento sem se apegar a outrora !

Lembranças do Última Sessão e Som das Águas... tempos bons ...


A franja da encosta
cor de laranja
capim rosa chá
o mel desses olhos luz

mel de cor ímpar

O ouro ainda não bem verde da serra
a prata do trem
a lua e a estrela
anel de turquesa

Os átmos todos dançam
Madruga
reluz neblina
crianças cor de romã
entram no vagão

O oliva da nuvem chumbo
ficando
pra trás da manhã

E a seda azul do papel
que envolve a maçã

As casas tão verde e rosa
que vão passando ao me ver passar

os dois lados da janela
E aquela no tom de azul

quase inexistente azul que não há
azul que é pura memória de algum lugar

Teu cabelo preto
explícito objeto
castanhos lábios

ou pra ser exato
lábios cor de açaí

E aqui trem das cores
sábios projetos
tocar na central

e o céu de azul celeste
celestial.

Caetano Veloso

sexta-feira, setembro 21, 2007



Minha Gorda tá dodói ...

Ando preocupada.

Não quero que nada de mau aconteça a ela.

quinta-feira, setembro 20, 2007

QUERO


Quero ver o sol atrás do muro
Quero um refúgio que seja seguro
Uma nuvem branca, sem pó nem fumaca
Quero um mundo feito sem porta, vidraca
Quero uma estrada que leve à verdade
Quero a floresta em lugar da cidade
Uma estrela pura de ar respirável
Quero um lago limpo de água potável
Quero voar de mãos dadas com você
Ganhar o espaco em bolhas de sabão
Escorregar pelas cachoeiras
Pintar o mundo de arco-íris
Quero rodas nas asas do girassol
Fazer cristais com gotas de orvalho
Cobrir de flores campos de aco
Beijar de leve a face da lua

quarta-feira, setembro 19, 2007

Reis

Os reis são tiranos
Corações gelados
mentes egoístas
e olhos fechados

Os tiranos reis merecem a forca
Com suas faces coradas e sorridentes
Parecem mais gente
Mas no fundo são cabeças ocas

Leais aos seus umbigos
São muito mais que perigo
São o verdadeiro sacrifício
do amor perdido.

Nada mudou no cotidiano ...

Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá
preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá
preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá
preta
Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá
preta
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus



Meu Caro Amigo Chico Buarque E Francis Hime - 1976

terça-feira, setembro 18, 2007

...

Palavras, calas, nada fiz
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses não
Imensa solidão
Eu sou um Rei que não tem fim
E brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão
Que dor no coração
Cidades, mares, povo, rio
Ninguém me tem amor
Cigarra, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o meu caminho e o teu caminho
É um nem vais nem vou
Meninos, ondas, becos, mãe
E só porque não estais
És para mim que nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
e nunca chego a ti.


Caetano Veloso

segunda-feira, setembro 17, 2007

Fruta Boa

...É tão bom...
O nosso amor comum é diverso
Divertido mesmo até, paraíso
Para quem conhece bem
Os caminhos
Do amor seu vai e vem
Quem conhece
Saboroso é o amor, fruta boa
Coração é o quintal da pessoa
É gostoso o nosso amor
Renovado é o nosso amor
Saboroso é o amor madurado de carinho
...É imenso o nosso amor, não eterno
É brinquedo o nosso amor, é mistério
Coisa séria mais feliz dessa vida

sexta-feira, setembro 14, 2007

Cassia Eller - Je ne regrette rien

Só pra registrar o meu pedido não atendido no Quintal do Lima !

De ontem pra hoje foram muitas as emoções...
Não dá nem para descrever em detalhes, mas tudo começou a partir da minha sessão psicoterápica.
Todos os dias me orgulho da minha profissão. Mesmo não atuando (temporariamente) como Psicoterapeuta. Voltarei ao set logo, logo.
Os insights e a sensação de mudança ou do vir a ser diferente do estagnado que se era a minutos atrás é simplismente uma metamorfose ambulante do Raul em tempo real, alí na pele, Literal !!
Tenho certeza de que alguns dos que lerem este post vão entender do que estou falando aqui e agora.
Depois, à noite, também tive um happy hour divertido. Cheguei até a conhecer o Amoreco II, que diferentemente do Amoreco I, conversa sobre filosofia, poesia e outros assuntos igualmente interessantes. Bem, acho que dei boas indicações de leitura: Beudelaire e Merleau - Ponty.
Hoje de manhã no encontro com a política pública no trabalho também fiquei empolgada.
É preciso sempre o "chocoalhar" de idéias e ações e atitudes para mecher com a nossa cabeça.
É impressionante como podemos nos estagnar em qualquer plano de nossas vidas: seja no pessoal, no profissional, no social...
Estou me sentindo viva !!!
Como diz o matuto pernambucano: "Me bulindo" e como !!!!!!

quarta-feira, setembro 12, 2007

Novo Visual

Quando a gente termina um namoro, muda de emprego, muda-se de casa, de estado ou até de país, dá uma vontade danada de mudar de visual também.
Bem, nada disso aconteceu comigo.
Não tenho namorado pra terminar relação, não mudei de emprego, continuo morando só na casa dos meus avós.
Mas, dei uma mudada de visual no blog !!!
Nem sempre é preciso acontecer grandes coisas para mudar outras...
Só queria fazer algo diferente, pra não cansar a vista, sabe como é ?
Pois é !
Tá aí !

A Tigre Negra

O Amor e o Tempo
(Com tema de Augusto dos Anjos)

Da cabeleira negra aleonada
Tocha escura que o sol transforma em crina
O crespo capacete se ilumina
Em faíscas de terra agateada

Gata negra, pantera-extraviada
Abres ao sol tua romã felina
Ao dardo em fogo queima-se a colina
E há cascos e tropéis por essa estrada.

Bebe na taça o aroma da sombra

A vida foge, amor,
e a sombra tarda
Ao fogo cresta a rosa da paloma !

A cega afia a faca, afia

E chega ao sono a morte leoparda
Jaguar cruel para abrasar-te as pomas.

segunda-feira, setembro 10, 2007

A gente se acostuma, mas não devia...


A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz.
E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga.
E a ganhar menos do que precisa.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios.
A ligar a televisão e assistir a comerciais.
A ir ao cinema, a ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor.
Às besteiras das músicas, à lenta morte dos rios.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colasanti

domingo, setembro 09, 2007

O mundo é grande



O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.


(Carlos Drummond de Andrade in “Amar se Aprende Amando”)

sábado, setembro 08, 2007

Deus me deu.


Obrigado !
Esta palavra diz a imensidão de prazer que sinto agora.
Hoje, acordei por volta de onze da manhã ao som da voz da minha amada mãe:
"- Minha filha, venha tomar café para se alimentar...
Eu obedeci, sem mais delongas.
Levantei-me com muito frio, pois a chuva caía sem parar e o vento estava congelante.
Dei bom dia à minha companheira de cama - Maria Tucha de Aragão Ferreira - e fui por uma roupa para ir tomar aquele cafezinho esperto da Inha.
Depois, voltei pra casa, cocei o "cocuruto" e pensei: O que vou fazer agora?
Faxina? Currículos? Ler? Brincar de Tucha? Navegar na internet? Ver TV ?
Escutar o Cd que ganhei de Marcita?
Ver os dvd's que o Cara de Bunda copiou pra mim ?

Nada disso !

Voltei para os braços de Morpheu. Embrulhei-me novamente nos lençóis, me agarrei com a minha felpuda gata Tucha e fui dormir de novo.
Por volta das duas da tarde, Marcita me liga e pomos o pé na rua.
Primeira parada: Raval !
Minha nossa senhora da boa comida !!!! O que foi essa tarde de "tapas" ?
Para os desavisados de plantão o Raval é um aconchegante restaurante de comida espanhola.
Passamos a tarde numa espécie de "rodízio" de entradas, simplismente magnífico !
Não vou saber dizer aqui os nomes de todas as tapas que degustamos e que o Carlos, garçon da casa, nos explicou tão gentilmente, além de nos desafiar a descobrir temperos e sabores... fantástico!
Bem, mas posso aqui, perder toda a modéstia e dizer pelo menos as bases das tapas que saboreamos, Eu e Marcita, conversando sobre assuntos diversos e bebendo, entre Bloddy Mary's e kaiser gold.
O primeiro foi um queijo parmesão com mel e pimenta. Supimpa !
Depois chegou a sardela com torradas, depois mariscos com pimenta e queijo gratinado.
Cubos de filé ao molho de pimenta, uma espécie de brochetta com uma pasta de espinafre e queijo, carne de poco com geléia de damasco, uns mini-crepes de espinafre e o mais gostoso de todos: camarão cozido no alho -poró e limão com caviar. Indescritível !
Ah !!! teve também o creme verde com alho-poró e caviar.
Marcita, minha amiga, corrija-me os erros e os esquecimentos.
Além da gastronomia simplismente deliciosa, o ambiente é aconchegante, o dono é um gentleman, os garços e o Chef outros simpatias de pessoas.
Encontrei, inclusive, um bar man que me reconheceu e fiquei feliz com isso. Conversamos um pouquinho e relembramos os tempos dos bares de então como a Soparia de Roger no Pina e o Burburinho.
Glauber, meu querido, você está irreconhecível sem os seus cabelos de Sansão !
Saímos de lá e nos pusemos em direção a Olinda, cidade linda !
Subimos a Sé e fomos assistir ao João Donato e o Paulo Moura no Seminário.
Minha nossa !!!! muitas emoções...
Além da música maravilhosa, o lugar me trouxe à lembrança o meu Avô Prof. Aragão. Ele morou por oito longos anos no Seminário de Olinda, onde estudou para ser Padre.
Acho que aquela vista da cidade de Olinda e Recife o som das ocarinas que tocava o conveceram a casar-se com a minha Avó Maria Juliana, índia de Pernambuco.
E aqui estou Eu, na casa dele pra contar essa história.
Fechei os olhos e imaginei meu avô naquelas sacadas com a ocarina à boca, tocando valsinhas e melodias simples, religiosas e imaginando: não nasci para o sacerdócio !
A chuva nos fez movimentar as pernas e ao fim da apresentação descemos a ladeira, Eu, descalça, morrendo de medo de levar uma queda no limo dos seculares paralepípedos, andando depressa com a chuva forte e o vento batendo. As duas debaixo de um humilde parapeito de igreja na Sé ao sabor do vento da chuva. Merecíamos uma foto !!!!!
Isto nos levou à Licoteria Notívagos do Seu Fernando. Simpatia de pessoa. Antiga casa do Chet Baker e Charlie Parker, pedí um licor de leite, depois um de jaboticaba pra esquentar e secar. Conheci a história dos licores da família de Seu Fernando. Papo bom demais.
Bateu a moleza, olhamos uma para a cara da outra e: bora imbora?
Bora. E fui !

Acabei de chegar da farra ...
Dia esse Sete de Setembro.
Não fui patriota como 99% da população.
Dormi até uma da tarde e quando acordei fui cuidar da minha casa.
A tardinha saí com a minha amiga "Vereadora Carioca" e fomos encontrar seus "eleitores" como Eu no país do consumismo: o shopping.
Lá conversamos, comemos, fizemos compras (tb somos filhas de Deus) e pegamos um cineminha americano de ação cheio de mentiras, foi legal.
Depois, fomos lavar o estômago lá em Serginho, tomando algumas cervejas.
Tava frio, preferi um teacher's. Chegando em nosso "cafofo" tradicional, encontramos um grupo de amigos "felomenal".
Bem, eu conhecia apenas dois de um grupo de seis, mas mesmo assim foi muito divertido.
Descobri que eu e minha amiga Vereadora Carioca não somos as únicas alfaces de bar. Gay tb tem vez nessa história. Rimos muito.
Os nossos amigos foram embora e nós, óbvio e ululante, ficamos.
"- Rebeca, minha querida, outro "professor" e mais uma skol."
E fomos ficando e ficando.
Escutamos toda a apresentação de chorinho do Georgios e do Thiago, interagimos como boêmias que somos com eles e comemos uns queijos do reino.
Meu dia foi bom.
Aproveitei o pouquinho de sol que o dia me deu, sentada no chão do quintal da minha casa, rodeada de gatos e respirando o cheiro da erva cidreira e do capim santo molhados de orvalho da chuva da noite, fiquei me lembrando do que vivi na noite anterior:
"fruta boa" para o bom entendedor.
A vida é isso.
Amanhã que Deus me dê mais.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e
entra em nós uma grande serenidade,
e dizem-se as palavras que a significam.

José Saramago

quinta-feira, setembro 06, 2007


Minha pequena se arrumando na sacristia da igreja da Piedade para o seu batismo e depois nas fotos com a Bisa Célia.
Acima com a Tia-avó Roberta e a Prima-Avó Lybia.
Linda como sempre !


Nada É Impossível De Mudar


Desconfiai do mais trivial , na aparência singelo.

E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.

Bertolt Brecht

quarta-feira, setembro 05, 2007

Bob Dylan - Lay Lady Lay (1976 - Hard Rain)

Faço minhas as palavras dele.

“Nenhum homem deve passar pela vida sem experimentar uma vez a saudável,
ainda que entediante,
solidão no ermo,
dependendo exclusivamente de si mesmo e,
assim, descobrindo a sua força oculta e verdadeira”
Jack Kerouac

segunda-feira, setembro 03, 2007

The Beatles Hello Goodbye

Essa é pra ficar pra sempre na memória e no coração.


Recife realmente é uma cidade linda !
Hoje pela manhã tive o privilégio de atravessar uma de suas pontes para chegar até o trabalho.
Um dia lindo de sol, a maré cheia e a brisa a levantar minha saia e despentear meus cabelos.
Me senti a própria "Menina Pernambucana" do Alceu Valença.
Só posso agradecer por ter nascido sã e poder apreciar tanta beleza !!!! Isso é impagável !

domingo, setembro 02, 2007

A medicina do amor


A certa altura da vida de um ser humano é necessário o cuidado com a saúde.
Conheci uma pessoa que recebia cuidados especiais de uma medicina alternativa milenar, porém de longa duração e paulatina, segundo o prórpio "Dr."
Era um "Dr." diferente, este. Meio conservador, meio alternativo, assim como os astros geniais.
Exigia exclusividade da paciente no tratamento. "Nada de genéricos ou similares", dizia ele.
Também dizia que o seu tratamento era exclusivo àquela paciente. Bem, no que tange a tratamentos personalizados, serão sempre exclusivos, de acordo com as características de cada "paciente". Isso retira de certa forma a conotação exclusiva e passa à conotação de apenas, um tratamento diferente a cada paciente "atendida". Mas isso é assunto para outra prosa.
O que me trouxe às letras foi o "tratamento" curioso e que me deu inveja. Quero eu sempre um tratamento destes.
Homeopático, podemos dizer, natural; dose suaves de vitamina e proteína que deixam a pele e todo o resto do corpo e organismo em pleno estado de saúde e vitalidade.
Ao mesmo tempo que vital e energético, traz em sua "composição química" um relaxamento tal que mais parece um zen.
Alegria, felicidade e amor são substâncias primordiais para o medicamento. Sem isso nada acontece. Nada se ilumina. Nada faz efeito.
Existe apenas um pequeno problema: é um medicamento viciante! Segundo a sortuda paciente que recebe esse tratamento, suas doses quando aplicadas em certos períodos criam tal necessidade de outras e outras e mais outras que às vezes é difícil contentar-se com a quantidade limitada por cada sessão.
Resta a ela a tentativa de nunca ficar boa e prolongar esse tratamento para todo o sempre.
O que não é fácil, posto que toda chama de amor, alegria e felicidade uma dia se apaga.
Torço por ela. Espero que ainda perdure pelo tempo em que ambos precisarem um do outro:
Ela do médico, ele da paciente.

sábado, setembro 01, 2007

Hermann Hesse


“A trajetória de nossa vida pode parecer definitivamente marcada por certas situações.
Nossa vida, entretanto, conserva sempre todas as possibilidades de mudança e conversão que estiverem ao nosso alcance.
E tais possibilidades são tanto maiores, quanto mais abrigarmos em nós de infância, de gratidão, de capacidade de amar.”