quinta-feira, junho 11, 2015

E se?

Oscilante como uma onda que vai e vem, este é o meu destino até quando não sei.
Construindo e desmanchando.
Começando e recomeçando.
Quase sempre em novos ares, como as ondas que trazem novas, algas, outras estrelas,  sargaços desgarrados de corais e pedras.
E logo eu que sempre detestei mudanças...
Tem sido a minha sina e meu cotidiano.
Um momento, um instante, uma temporada.
Nada mais que isso.
De constante apenas eu, meu coração e minha respiração.
Apenas eu.
Eu que nasci sob os auspícios de um signo terreno, de raízes sólidas e segurança...
Ando em meio a eternas expectativas, sobressaltos, e se...
Aprendi a não saber planejar.
Às vezes me pego tentando entender o que é passado, presente e futuro, porque nunca sei onde estou.
E assim perambulo como assombração por essas instâncias fugitivas de mim.
Um hora eu sou passado, de repente sou presente, não sei quando serei futuro, talvez já!
E enquanto a vida me caminha, vou viajando nas letras de outrem.
Muitas vezes lá encontro-me, conheço-me e reconheço-me.

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